Sobre Chapada dos Guimarães - MT
História:
A cidade surgiu como aldeamento de índios Chiquitos fundada por Antônio Rolim de Moura Tavares, em 1750, e administrada pelo padre jesuíta Estevão de Castro, até ser expulso por ato do Marquês de Pombal. Durante muitos anos o povoado ficou conhecido como "Serra Acima", mas, oficialmente, o seu nome a partir de 1769 foi de Santa Anna da Chapada dos Guimarães Miramar, sendo elevada a freguesia em 1775. Havia na região até o início do século XIX 20 engenhos que fabricavam aguardente (o total em Mato Grosso era de 34) o que fez com que Portugal estipulasse o tributo de 1/2 oitava de ouro por engenho para custear a pensão anual de 110$000 réis dados aos estudantes mato grossenses na Metrópole. O então pujante povoado começou a declinar em 1867 devido a varíola advinda da Guerra do Paraguai, sem contar o encarecimento dos escravos, a mortandade dos animais de carga, os constantes ataques de cerca de trezentos índios Coroados que a força de cinquenta homens não conseguiu conter, e, por fim, a Abolição da Escravatura selou o declínio do povoado.


Fauna:


A fauna do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é bastante diversificada e abrange algumas espécies raras, endêmicas e sensíveis. Há uma grande variedade de insetos e outros invertebrados, ainda pouco estudados. Alguns estudos indicaram a presença de 13 famílias de peixes, sendo que até o momento foram identificadas 31 espécies.
A fauna da Chapada dos Guimarães é composta por espécies animais adaptadas à dualidade do clima dessa zona geográfica, marcada por duas estações bem definidas. A chapada possui uma grande diversidade de espécies de mamíferos, répteis, anfíbios e aves.
São espécies da fauna encontradas na Chapada dos Guimarães: lobo-guará; onça-pintada e onça parda; veado-campeiro; tamanduá-bandeira; anta; ema; siriema; papagaios; andoriões; araras, além de jabuti, cágado-do- cerrado e jacaré-coroa, entre outros.
Soma-se até o momento 242 espécies avistadas dentro dos limites do Parque e 257 em seus arredores.
Flora:
A vegetação da Chapada dos Guimarães é formada pelo Cerrado. Essa cobertura vegetal, típica da região centro-oestina brasileira, é formada por árvores espaçadas e de médio porte, além de diversos arbustos, todos resistentes à sazonalidade climática local.
Além de uma grande diversidade de orquídeas e bromélias, são espécies da flora encontradas na Chapada dos Guimarães: peroba; ipê; jatobá; babaçu;
pequizeiro; mangabeira; buriti, entre outros.
(Texto Publicado por Mateus Campos)

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
Tudo sobre o

Foto: Instituto Chico Mendes
Localização
O Parna localiza-se na região central do Mato Grosso, a 23 km de Cuiabá.
Como chegar
A rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), que dá acesso à entrada do Parque, margeia-o a partir do km 26, até o Complexo Turístico da Salgadeira. A estrada adentra no Parque por seis quilômetros, até a Mata Fria, passando novamente a ser seu limite, por cerca de 4 km.
Esta rodovia, do km 17 até a cidade de Chapada dos Guimarães e desta até o Mirante do Centro Geodésico, corresponde a uma Unidade de Conservação Estadual: a Estrada Parque Cuiabá – Chapada dos Guimarães – Mirante, criada em junho de 200.
Ingressos
O Parque pode ser visitado durante o ano inteiro.
Atualmente, a entrada é franca.
A visitação do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães está sendo reestruturada e os atrativos são abertos de acordo com a capacidade de gestão e com a adequação das estruturas e do sistema de controle, de modo a garantir uma visitação segura, agradável e de baixo impacto ambiental.
Onde ficar
O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães não possui alojamentos para visitantes ou pousadas e não é permitido acampar dentro dos limites do Parque.
Os visitantes podem se hospedar na cidade de Chapada dos Guimarães (campings, hotéis e pousadas) ou mesmo na cidade de Cuiabá.
Objetivos específicos da unidade
O Parque Nacional tem como objetivo específico o de proteger e preservar amostra dos ecossistemas ali existentes, assegurando a preservação de seus recursos naturais, proporcionando oportunidades controladas para uso pelo público, educação ambiental, pesquisa científica.
São também objetivos específicos da desta UC a preservação de sítios arqueológicos existentes na região, dos recursos hídricos protegidos.
Histórico
O processo de ocupação das terras matogrossenses teve início no fims do século XVII e início do século XVIII, com o advento das bandeiras, partindo de São Paulo pelo sertão adentro, em busca de ouro, pedras preciosas e mão-de-obra escrava.
As descobertas auríferas continuaram, permitindo a formação de vários aglomerados. Muitas fazendas se instalaram produzindo alimentos para esta região mineradora que dominava desde Cuiabá até Diamantino. Na segunda metade do século XVIII, a corte portuguesa, preocupada com a concorrência entre a mão-de-obra indígena e a negra, criou uma redução em Chapada dos Guimarães para catequizar índios, construindo a primeira igreja, chamada de Aldeia Velha.
Atrações
Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
Há na Chapada dos Guimarães diversos pontos adequados para a observação de aves. Os mais indicados por especialistas são: área de cerrado no início da estrada para o distrito de Água Fria (próximo a um loteamento, a um lixão e a uma nascente); Vale da Benção; rio Salgadeira. Atualmente, estão abertos à visitação o Mirante do Véu de Noiva, o Circuito das Cachoeiras, a Casa de Pedra e o Morro de São Jerônimo. Exceto o Mirante Véu de Noiva, os demais atrativos necessitam de agendamento prévio com guias ou condutores autorizados pelo Parque Nacional.
- Mirante do Véu de Noiva: aberto diariamente, das 09 às 16h, tem capacidade de 100 pessoas. A trilha que leva ao Mirante do Véu de Noiva possui 550 m de extensão e, embora tenha alguns trechos em declive, a maior dificuldade é a falta de sombra em seu trajeto.
- Circuito das Cachoeiras: o agendamento para visitar deve ser feito até 11:30h da manhã do dia do passeio e a entrada no Circuito deverá acontecer até às 12h. As trilhas desse Circuito não apresentam grandes dificuldades, exceto pela sua extensão (cerca de 6 km, considerando ida e volta). As cachoeiras são boas para banho e as paisagens são bastante interessantes. Conhecer todos os atrativos do Circuito leva cerca de seis horas.
- Casa de Pedra: é uma gruta arenítica esculpida pelo rio Independência, com vestígios de inscrições rupestres e pode ser acessada pelo roteiro do Circuito das Cachoeiras. Conta a história que este lugar serviu de abrigo aos homens da Coluna Prestes durante sua viagem pelos sertões do Brasil e também foi local de refúgio para escravos fugitivos. Hoje, a gruta é habitada por morcegos e pequenos animais que a usam como abrigo.
- Morro de São Jerônimo: é um dos pontos mais alto do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães com mais de 800 metros de altitude. Para visitar este atrativo é necessário fazer uma caminhada longa, com duração de 5 a 6 horas, em estrada, trilha com aclive e declive além de fazer uma pequena escalada. É obrigatória a visita com guia cadastrado e a assinatura de declaração de ciência por cada visitante. A subida ao Morro não apresenta grandes riscos, mas se exige um bom condicionamento físico do visitante e o guia deve conhecer bem o caminho.
A trilha tem capacidade para de 36 visitantes por dia sendo até 6 visitantes por guia.
- Trilha do Matão: parte de um ponto próximo do Horto Florestal da Chapada dos Guimarães. A trilha passa por uma área de floresta semidecidual – uma zona de transição e cerrado.
- Cachoeira da Martinha: um conjunto de cinco cachoeiras a 40 km da cidade de Chapada dos Guimarães pela Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251).
- Caverna Aroe Jarí e Lagoa Azul: situada a 46 km da cidade de Chapada dos Guimarães pela Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251). Acessível apenas com um guia por uma trilha de 3,5 km. A caverna tem 10 metros de altura e 60 metros de largura e possui uma lagoa a 1.400 metros da entrada.
Aspectos naturais
O Parque possui 46 sítios arqueológicos onde foram encontrados ossos de dinossauros do período Jurássico.
A paisagem é formada por grandes esculturas de pedra com árvores contorcidas.
A Chapada dos Guimarães é considerada como um dos melhores destinos para o ecoturismo no mundo onde há quedas d´água como o Véu de Noiva, de 86 metros de altura.
Relevo e clima
O clima tropical de altitude do planalto continental, alternadamente úmido e seco.
A área está localizada sobre rochas paleonesozóicas da Bacia do Paraná, formando a Chapada dos Guimarães e seu sopé é de rochas pré-cambrianas.
Fauna e flora
Embora sejam poucos os levantamentos, o número de espécies de animais registradas passa de 400. Destacam-se 24 novas espécies de abelhas-das-orquídeas, espécies endêmicas do Cerrado como a raposinha, aves migratórias como o gavião-tesoura, o sabiá-norte-americano e espécies vulneráveis à extinção como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará, a jaguatirica e a onça-pintada.
Problemas e ameaças
A UC sofre pressões produzidas pela atividade agrícola, por rodovias e pela constante ameaça de queimadas.
O Parque apresenta diversos problemas provocados pelo entorno em suas atividades desorganizadas e muitas vezes predatórias, como: loteamentos, garimpo de ouro, pecuária, coleta de plantas e apiário.
No interior da unidade, os agentes ambientais enfrentam ainda outro desafio: a regularização fundiária. Quando o plano de manejo foi elaborado, apenas 5.600 hectares estavam regularizados (17%) e outros 6 mil hectares estavam em fase de regularização. E quase 21 mil hectares (64%) eram reivindicados por particulares. Hoje o parque ainda disputa a posse de 50% de seu território.
(Texto: https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_da_Chapada_dos_Guimar%C3%A3es)